Resenhas

Orgulho e Preconceito


ATENÇÃO, A RESENHA CONTÉM O ENREDO DO LIVRO, ENTÃO NÃO LEIA SE NÃO QUISER SABER O QUE ACONETECE E, CASO VOCÊ JÁ TENHA LIDO O LIVRO, AVISO DESDE JÁ QUE A RESENHA APRESENTA MINHA OPINIÃO SOBRE A OBRA E OS PERSONAGENS, NÃO APRESENTANDO NENHUMA 'VERDADE ABSOLUTA, PORTANTO, MANTENHA A MENTE ABERTA E SINTA-SE LIVRE PARA DISCORDAR E EXPRESSAR SUA OPINIÃO.

Esse livro sai dos padrões do que eu geralmente posto de literatura contemporânea. Mas clássico com O Grande Gatsby, Morro dos Ventos Uivantes, Razão e Sensibilidade, e ORGULHO E PRECONCEITO são uma paixão enorme de minha parte.
Desde sua linguagem mais erudita, até os costumes daquela época, livros antigos te transportam para uma realidade que é ao mesmo tempo mais real, mas também mais fictícia. Sua realidade se firma na fidelidade aos costumes de antigamente, à cultura; Inserem-nos em uma época hoje já desconhecida, que nos leva a comparar com a sociedade atual. Sua ficção se firma no mesmo fator. A Evolução, mudança e a nova dinâmica da sociedade nos leva a entrar em um mundo que é completamente novo. Não estamos mais no amo-não-amo dos casais da literatura contemporânea, nos relacionamentos físicos dos personagens (hoje já tão ricos com um literatura tão própria, a literatura erótica), não estamos mais na sociedade dos relacionamentos online, onde tudo pode ser resolvido ao destruído por uma simples mensagem de texto, postagem no facebook ou no twitter. Esses clássicos nos colocam na posição de enxergar e sonhar com os relacionamentos das cartas e dos bailes.
Sociedades assim chegam a ser chocantes para a população mais nova, a geração da tecnologia. Hoje em dia, mandar/receber uma carta é um gesto romântico, um convite para um baile ou uma dança é  o sonho de muitas garotas. Gestos assim eram tão comuns antigamente; em contrapartida, toques físicos, discussões acaloradas em quartos ou lanchonetes/shoppings, momentos a sós onde segredos e sentimentos são compartilhados, simplesmente não existiam. Pensando nisso tudo, a sociedade, o enredo e a época desses livros, os tornam uma das minhas leituras favoritas. E me sinto forçada a dizer que carta é o meu meio de comunicação favorito. ❤❤❤❤❤❤❤
        Agora, depois de divagar um pouco, quero começar a resenha de verdade. kkkkkkkkkk

       A história se passa na Inglaterra, no século XVIII, nas proximidades de Meryton. Elizabeth Bennet, protagonista da história vive com sua família em Hertfordshire, não muito longe de Londres, com suas 4 irmãs, o pai e a mãe. Sendo as 5 filhas, apenas mulheres, uma das maiores preocupações da mãe, Mrs Bennet, é casar as filhas e garantir-lhes o sustento para a vida. Um caso curioso é que as 5 filhas já estão introduzidas na sociedade, sendo que, normalmente, as mais novas só eram introduzidas quando as mais velhas casavam.
      Chega, então, na cidade da família, um caro Sr. Bingley, junto com seu amigo, Sr. Fitzwilliam Darcy, protagonista da história, e sua irmã, Caroline Bingley. Sra. Bennet já vai a caça de um marido para uma de suas filhas e o cara Sr. Charles Bingley se interessa pela filha mais velha, Jane Bennet. Com a trama amorosa dos dois, Elizabeth "Lizzie" e Darcy acabam passando tempo um na presença do outro, porém apresentam apenas desprezo um pelo outro, pois Darcy havia ferido o orgulho de Lizzie no baile em que se conheceream e Lizzie, sendo a mulher avançada ao seu tempo e de opinião forte, não se retrai, mas o ataca com seus pensamentos e personalidade.
        Com a desventura no relacionamento de Bingley e Jane, os convidados voltam a Londres e Darcy e Lizzie se separam.
        O que acho muito interessante nesse primeiro relacionamento de Lizzie e Darcy, são as constantes "alfinetadas" entre ambos, mas, ao mesmo tempo, o interesse de Darcy em conhecer Lizzie, que bate de frente com o completo desprezo que ela sente por ele.
        Depois de um tempo, Lizzie e Darcy encontram-se novamente, na casa da Lady Catherine de Bourgh, uma rica senhora que, na minha opinião, devia ter recebido mais 'nãos' na vida para se tornar menos arrogante e pretenciosa. Deixando esse minha opinião, nesse segundo encontro, Lizzie descobre que Darcy é o culpado pelo fim abrupto do relacionamento de sua irmã mais velha com Bingley logo antes de Darcy decidir proclamar com se sente e declarar seu amor. Lizzie recusa-o sem compaixão, alegando que nunca poderia amar alguém como ele, que machucou sua irmã, além do forte argumento que ela tinha contra a conduta dele, argumento  vindo da boca de George Wickham, um antigo conhecido de Darcy que mostra-se de péssimo caráter no futuro.
      Com essa pedra no caminho de Lizzie e Darcy, eles se separam com raiva um do outro.
      Pouco tempo depois, Lizzie e Darcy encontram-se novamente. Nesse momento, Darcy já havia escrito para Lizzie, explicando suas ações e corrigindo o conhecimento que ela tinha do relacionamento dele com Wickham. Eles encontram-se enquanto Lizzie está com seus tios em Derbyshire, visitando a casa de Darcy, que é aberta às visitas. Surpreendentemente, após o horrível corte de relações, Darcy trata Lizzie com extrema cordialidade e a apresenta à sua irmã mais nova, Georgianna, que havia sido vítima de ilusão por Wickham, um dos motivos das desavenças entre Darcy e o mesmo.
     Porém, o encontro dos dois é cortado quando Lizzie recebe a notícia de que sua irmã Lydia havia fugido com ninguém menos do que o desprezível senhor Wickham. Lizzie volta para casa arrasada e sem esperanças de encontrar a irmã.
    O impossível acontece, e Lydia volta casada com Wickham, que vai ser enviado para o outro lado do país a trabalho. Nessa volta de Lydia, Lizzie descobre por acidente que Darcy que interveio e achou sua irmã, pagando a comissão e o casamento de Wickham, forçando-o a se casar. Nesse momento, Lizzie aceita mais ainda seus sentimentos por Darcy. Devo dizer que deve ter sido extremamente difícil para Darcy dar dinheiro a Wickham, então só consigo imaginar o tamanho do amor dele por Lizzie.
      Como se não bastasse, Darcy retorna com Bingley e o ajuda a se reunir com Jane, mulher por quem havia se apaixonado, mas parte logo depois, sem contato com Lizzie.
     Lady Catherine de Bourgh (a senhora que gosta de controlar tudo kkkk) aparece na casa dos Bennet devido a um rumor de que Darcy iria propor para Lizzie em casamento, abismada com isso, ela busca de Lizzie uma confirmação de que tal boato foi espalhado por ela junto com uma confirmação de que jamais aceitaria se casar com Darcy. Lizzie nega-se a fazer tal promessa e expulsa Lady Catherine de sua casa.
       Ao ficar sabendo de tal afronta de Lizzie, Darcy retorna com esperança de que Lizzie corresponda aos seus sentimentos.
      Assim, para alegria de todos, Lizzie e Darcy declaram-se um para o outro. O pai de Lizzie, ao perceber que ela realmente o ama, permite que se casem. Ao fim da história, ambas as irmãs, Lizzie e Jane estão casadas com quem amam e , após um tempo, Darcy permite que a irmã Lydia, visite-os em casa, porém sem a presença de Wickham. Suas duas outras irmãs seguem com a vida e a vida entra nos eixos para a família Bennet.
      Como comentário final nessa resenha, que dizer que Jane Austen é um tremenda escritora por criar personagens femininas tão fortes, mesmo em meio à sociedade em que mulheres viviam mais "presas" às tradições e sem muita liberdade. Lembro de já ter lido e ouvido que Lizzie é, na verdade, uma interesseira, que seus sentimentos por Darcy são apenas motivados pelas ações dele, e não por quem ele é. Eu não enxergo assim.
     Na minha opinião, Lizzie encontrou um adversário à altura de sua teimosia e suas convicções. Alguém que é tão teimoso e de forte opinião como ela. Alguém com um enorme orgulho de quem é, de seu dinheiro e de sua posição social que chega a afetar o orgulho de Lizzie de ser independente e bem decidida. E esta, movida por seu preconceito com caras como ele, impede a si mesma de conhece-lo, ao mesmo tempo em que o preconceito dele com a classe social e a família de Lizzie, impede-o de demonstrar afeição a Lizzie.
     É apenas quando ambos, motivados pelas brigas, egos inflamados e discordâncias, conversam, ou melhor, discutem um com o outro e começam a mostrar quem realmente são, é que eles percebem que haviam encontrado o par perfeito para si mesmos. Quando Lizzie descobre da participação de Darcy no casamento da irmã, ela não passa a amá-lo, ela já o amava antes, ela apenas percebe que ele é melhor do que ela pensava. Ela já o amava, amava-o  por quem ele era, sua nova descoberta apenas aumenta seu amor.
     Para mim, essa história quebra as barreiras do tempo, pois nunca fica velha. Mesmo sendo super antiga, ela prende qualquer leitor pelos altos e baixos das interações entre Lizzie e Darcy e os contratempos impostos pela época. Essa história mostra que, independente da classe social, do orgulho e do preconceito, duas almas destinadas a ficarem juntas, sempre encontram o caminho para ficarem juntas, desde que se permitam percorrer o caminho.



-----------------------------------------------------------------------------------------


Nascida à Meia-Noite




Nascida à Meia Noite é o primeiro livro da coleção 'Acampamento Shadow Falls', onde sobrenaturais estudam e treinam suas habilidades.
Nesse livro, a personagem principal, Kylie Galen vê sua vida desestruturada quando seus pais se divorciam, Kylie é obrigada a ficar com sua fria mãe, sua avó morre, seu namorado termina com ela e sua amiga é uma das mais egoístas.
As coisas  saem do controle quando ela começa a ser perseguida por um soldado, mas, incrivelmente, ela é a única que consegue vê-lo. Ao tentar fugir de seus problemas por uma noite em uma festa, Kylie vai parar na cadeia e, sua mãe, incapaz de lidar com ela, a envia para o Acampamento Shadow Falls para adolescentes problemáticos como sugestão de sua terapeuta, doutora Holiday. O acampamento tem como objetivo ajudar os jovens sobrenaturais a controlar os seus dons, encontrar suas identidades, sentirem-se aceitos e promover a paz entre as espécies.
Ao chegar no acampamento, Kylie começa a perceber que as coisas não são bem como ela esperava.
Cercada por lobisomens, vampiros, faes, bruxas e transmorfos, Kylie deve, com ajuda de suas novas companheiras de quarto: Della, uma vampira e Miranda, uma bruxa, mais Derek, um meio fae e, surpresa, sua terapeuta, Holiday, uma fae, descobrir quem, ou O QUE ela é.
Será que ela será capaz de aceitar sua verdadeira identidade e as consequências que isso traz?



Na minha opinião, o livro faz parte de uma das melhores sagas que eu já li. Sua mistura de romance, histórias e medos do passado, descobertas sobrenaturais, crises de identidade e fantasia criam um mundo que te prende até a última página.
Um dos principais focos do livro é a descoberta de qual espécie Kylie pertence. Com um padrão mental fechado, o que impossibilita que outros sobrenaturais vejam quem ela é, Kylie é mais estranha do que os já estranhos sobrenaturais.
Como todo o 1º livro de uma série, ainda há uma lentidão na narrativa e um excesso de detalhes, mas que ajudam a compreender melhor o mundo em que a autora nos inseriu.
Uma das coisas que mais me chama a atenção são as características marcantes dos personagens criados por C.C. Hunter. A facilidade de se apaixonar por cada um deles e suas dificuldades de adolescentes
Super recomendo esta coleção e seus personagens. Conhecer aqueles que podem transformar gato em gambás com apenas um mindinho, o cara doce e lindo que vai fazer seu namorado parecer um sapo e o cara que faz seu sangue ferver e seu cérebro derreter. Ver as transformações por mágica em animais tarados e entender quem é quem neste acampamento onde a realidade tem outro significado.















Nenhum comentário:

Postar um comentário